Criatividade: A Receita Para Você Sair Da Crise

A minha agência, Agnelo Comunicação, tinha acabado de começar, quando o Collor, com aquele plano maluco, deixou todo mundo quase sem dinheiro nenhum para usar.
Naquele momento a alternativa mais lógica seria fechar a agência, agradecer aos poucos clientes e aos dez funcionários que tínhamos e ponto final.

Eu preferi fazer um caminho diferente. Aproveitar a crise econômica para valorizar nosso trabalho de parceria com nossos clientes e buscar oportunidades sem grandes custos para eles e novos anunciantes.

Deu muito certo. Os resultados de vendas de nossos clientes tornaram-se surpreendentes para um momento tão difícil. Com alternativas mais econômicas para anunciar, eles não se encolheram. Pelo contrário, cresciam, enquanto seus concorrentes, assustados, desapareciam.

E nessa hora é muito importante que você e seu cliente conjuguem juntos o verbo “acreditar”.

Naqueles tempos duros, com campanhas de baixo custo, as vendas das calcinhas Hope subiram de 90 mil dúzias/mês para 130 mil dúzias/mês. E das cuecas Mash cresceram de 45 mil dúzias para 70 mil dúzias mensais.

Valerin, na época, fabricante da Hope e da Mash, teve de passar a trabalhar quase 24 horas todos os dias. E surgiu um problema: a falta de costureiras.

Eu parava os bailões do Itaim Paulista, nas noites de sábado, pegava o microfone e avisava que a Valerin estaria aberta no domingo para contratar novas costureiras.

Muita gente me pergunta: mas você fazia isso? O que eles não sabem é que naqueles momentos estava aparecendo o modelo de agência parceira que levou a Agnelo aos seus 30 anos.

Fizemos o mesmo para All Star, com o comercial da Tina Turner usando um tênis preto e com um cachê muito barato, porque ela estava aqui no Brasil.

Durante um ano, vendemos, em plena crise, 500 mil pares de tênis pretos por mês.

Vieram outras crises, juntamos forças, superamos obstáculos com outros clientes e crescemos.

Por quê?

Porque é nessa hora que uma agência como a Agnelo – que tem em seu DNA buscar resultado para o cliente, com investimentos menores – é indicada, reconhecida e procurada.

Quanto maior a crise, mais criativo você tem de ser.

Fonte: SEGS