ENTIDADES SÃO CONTRA A CRIAÇÃO DE NOVO TRIBUTO

Mesmo sem a Contribuição provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), extinta no ano passado, a arrecadação de tributos pelo governo federal não para de bater recordes. O resultado obtido no primeiro semestre superou em 10,43% o alcançado em igual período no ano passado. Para entidades do empresariado, o ritmo crescente da arrecadação torna injustificável a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), em estudo no Congresso Nacional como substituta da CPMF.


Esse é o pensamento do presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti. Ele espera que o governo aproveite o momento para reduzir a pressão dos impostos sobre as micros, pequenas e médias empresas. “Assim elas poderão se tornar competitivas, sobreviver, crescer e gerar empregos, o melhor caminho para reduzir as assimetrias sociais do País”, afirmou Burti.


A criação de uma nova contribuição também é vista como desnecessária para José Maria Chapina Alcazar, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo (Sescon-SP). Ele lembra que, depois da extinção da CPMF, o governo elevou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Sobre Lucro Líquido (CSLL).