Cresce o número de roubos de criptomoedas afetando indivíduos e empresas.

Embora as criptomoedas tenham ganhado popularidade nos últimos anos, roubos nesta categoria são cada vez mais comuns. Segundo um novo relatório, um terço dos proprietários de criptomoedas nos Estados Unidos foram roubados no ano passado, o que representou um custo de US$ 97.583.
No Brasil, a situação é semelhante, com vários golpes recentes envolvendo criptomoedas que resultaram em perdas de milhões de reais para empresas e indivíduos. Um dos casos mais divulgados foi o de um jogador de futebol, que investiu R$ 6,3 milhões em uma oportunidade de dinheiro digital que prometia uma rentabilidade mensal de até 5%, mas acabou sendo enganado e perdendo todo o valor.
A pesquisa “Ameaças Criptográficas 2023”, realizada com 2 mil adultos em outubro de 2022, descobriu que os roubos ocorrem principalmente por meio de sites, aplicativos ou golpes fraudulentos de investimento, resultando em roubo de identidade, detalhes de pagamento e dinheiro retirado da conta bancária.
No entanto, de acordo com o programador, os golpes não estão relacionados a falhas na tecnologia blockchain, que garante a segurança das transações com criptomoedas.
Ele afirma que, até o momento, não foi comprovado nenhum problema de segurança no blockchain, que permite um rastreamento completo de todas as operações e praticamente inviabiliza fraudes. No caso dos golpes, houve mais conexão com estelionato e má alocação de recursos, e não diretamente com a tecnologia. Os cibercriminosos utilizam várias táticas para enganar os investidores de criptomoedas, incluindo trocas de sites legítimos, ataques de phishing para obter credenciais de login, malware de cryptojacking que usa os recursos de computação de vítimas desconhecidas para gerar moedas, e invasões ao sistema de armazenamento de dinheiro em carteiras frias, não conectadas à internet.
Segundo o programador, os casos de fraudes e golpes mostram a importância da educação financeira digital, já que, mesmo que a operação em si seja segura, ela depende do fator humano. Ele enfatiza que golpistas exploram a ingenuidade de pessoas físicas e jurídicas em relação à tecnologia.
Com o lançamento do Real Digital pelo Banco Central do Brasil previsto para 2024, o programador alerta que a atenção deve ser reforçada, pois, embora a tecnologia de segurança do blockchain ofereça mais credibilidade, ainda é possível aplicar golpes explorando o analfabetismo digital.

Fonte: Tecnologia