Drex: como a nova moeda digital pode impactar nos negócios.

Na segunda-feira (07/08) o Banco Central do Brasil (BC) divulgou o nome escolhido para a primeira moeda digital, Drex.
Apesar do nome já ter sido divulgado, a expectativa, segundo a autarquia, é de que a moeda digital esteja disponível para o público no ano que vem.
Com a nova tecnologia, o intuito é promover benefícios em diversos âmbitos, dentre eles:
Acelerar as transações financeiras;
Baratear os custos;
Facilitar o acesso ao mercado financeiro.
Diante dessa situação, entrevistou a assessora econômica da FecomércioSP, para explicar um pouco mais sobre os impactos que a Drex causará para os negócios.
O que muda para os negócios com a chegada do Drex?
Em 2020, o Banco Central (Bacen) estabeleceu um grupo de trabalho com o objetivo de explorar a possibilidade de introduzir o real digital. A etapa, chamada Piloto RD, representa a fase de testes dessa moeda digital em um ambiente simulado, sem a movimentação de valores reais. A previsão é que o real digital, apelidado de “Drex”, seja introduzido ao mercado no fim de 2024 ou começo de 2025.
Ao contrário do PIX, que funciona como um sistema de pagamento, o Drex representa a própria moeda usada nas transações, só que de forma digital, oferecendo menos burocracia aos negócios e proporcionando mais segurança jurídica nas operações. Assim, a moeda digital poderá ser usada como meio de pagamento via PIX, por exemplo. O objetivo principal do Drex é expandir as opções de negócios, promover a inclusão financeira e incentivar a transição para uma economia mais digitalizada. Embora a moeda seja projetada, principalmente, para transações entre instituições financeiras, os clientes individuais poderão realizar operações usando o Drex, mas indiretamente, mediante carteiras virtuais.
O procedimento será simples: o cliente deposita um valor em reais na carteira virtual, que então converte essa quantia em Drex, seguindo a taxa de R$ 1 equivalente a um Drex. Essas carteiras virtuais serão gerenciadas por uma variedade de instituições financeiras, incluindo bancos e cooperativas, todas sob a supervisão rigorosa do Bacen.
Uma vez tokenizado [convertido o valor real do ativo em digital], o cliente pode transferir o Drex usando a tecnologia blockchain. O receptor pode, então, optar por converter o Drex de volta para reais e sacar. Uma gama de serviços financeiros, incluindo transferências, pagamentos e até a aquisição de títulos públicos, estará disponível pelo Drex.
O Bacen terá a crucial responsabilidade de instruir a população de forma abrangente sobre como usar o real digital. Esse novo meio deverá ser acessível a todos, independentemente de localização geográfica ou situação financeira. Além disso, precisa ser intuitivo para compra, venda ou troca, garantindo, assim, a sua adoção por um amplo espectro de indivíduos e empresas.

Fonte: Economia