Ministério da Fazenda desiste de limitar isenção do IR para doenças graves.

Por determinação do presidente da República, o Ministério da Fazenda decidiu não implementar um limite para a isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) destinada a indivíduos com doenças graves. Em comunicado oficial, a assessoria do ministério reconheceu que a proposta foi considerada, mas posteriormente retirada das discussões.
Para compensar a perda de arrecadação decorrente dessa ampliação, o governo propôs estabelecer um teto de R$ 20.000 mensais para a isenção do IRPF aplicável a aposentados e pensionistas portadores de doenças graves.
A proposta de limitar a isenção para portadores de doenças graves gerou debates significativos. A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco) manifestou-se contrária à medida, argumentando que a retirada da isenção seria inconstitucional e afetaria negativamente indivíduos em situação de vulnerabilidade devido às suas condições de saúde.
Diante das críticas e após avaliação interna, o presidente da República instruiu o Ministério da Fazenda a retirar a proposta de limitação da isenção para portadores de doenças graves.
A decisão de manter a isenção ilimitada para portadores de doenças graves implica na necessidade de o governo buscar alternativas para compensar a ampliação da faixa de isenção do IRPF para rendas de até R$ 5.000.
O governo federal pretende enviar ao Congresso Nacional um novo pacote de medidas fiscais que contemplem a ampliação da isenção do IRPF e outras iniciativas de ajuste fiscal. Espera-se que o debate legislativo aborde as diferentes propostas de forma a garantir justiça fiscal e sustentabilidade econômica.
A decisão de não estabelecer um teto para a isenção do IRPF para portadores de doenças graves reflete a sensibilidade do governo às críticas e preocupações de entidades representativas e da sociedade civil.
O desafio agora é encontrar soluções que permitam a implementação de políticas fiscais equilibradas, atendendo às demandas sociais e garantindo a saúde financeira do país.

Fonte: Tributário.