PIB per capita do Brasil conclui retomada e ultrapassa pico histórico de 2013, aponta FGV.

Demorou 11 anos, mas o Brasil conseguiu recuperar o patamar de PIB (Produto Interno Bruto) per capita pré-crises e ultrapassar o pico histórico que havia sido registrado em 2013. Segundo projeção do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), com a divulgação oficial do PIB de 2024, a ser feita na manhã de sexta-feira, 7, será confirmado também que o PIB per capita de 2024 atingiu o maior nível da série histórica.
O PIB per capita é o resultado da relação entre a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e o número de habitantes. Como o crescimento populacional, quando há uma retração na economia, o nível de riqueza e renda da população costuma encolher de forma mais acentuada que o PIB e demorar mais tempo para se recuperar.
A coordenadora do Boletim Macro do Ibre/FGV, estima que a economia brasileira cresceu 3,5% em 2024 e que o PIB per capita do Brasil teve uma alta de 3,1% ante o ano anterior, considerando uma projeção de crescimento da população de 0,4%.
A economista explica que ao final de 2023 o PIB per capita ainda se encontrava 0,7% abaixo do pico de 2013. Ou seja, o crescimento de mais de 3% projetado para 2024 será mais do que suficiente para superar o patamar pré-crises.
“O PIB per capita acelerou recentemente. Tivemos o pico em 2013, depois entre 2014 e 2016 teve contração, sendo que em 2015 e 2016 foram quedas muito fortes, acima de 3%. Nessa janela a queda acumulada foi de mais de 8% dessa forma, depois de 2013 o PIB per capta foi ladeira abaixo”, relembra a economista.
O governo e o mercado também projetam uma alta de 3,5% do PIB em 2024.
Relata ainda que é um crescimento ‘amargo’, dado que vem junto com uma inflação que também sobe e corrói o poder de compra da população, e tem exigido taxas de juros mais elevadas.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no Brasil, acumulou uma alta de 4,83% em 2024 – superando o teto da meta de inflação, que era de 4,5%. O grupo de Alimentação e Bebidas teve um aumento de 7,69% no ano, contribuindo com 1,63 pontos percentuais (p.p.) para o IPCA de 2024.
A última pesquisa do Banco Central mostrou que as estimativas do mercado para o crescimento do PIB em 2025 estão mantidas em 2,01%. Já o governo projeta uma alta de 2,3% neste ano.

Fonte: Empresariais.